Trabalhos Espirituais Mãe Ana
sábado, 26 de agosto de 2017
Dia da semana: Sábado
Cores: Vermelho Vivo, Coral e Rosa, amarelo
Símbolos: Lira, arpão, Ofá
Elementos: Florestas, Céu Rosado, Astros e Estrelas, mata virgem
Domínios: Beleza, Vidência (sensibilidade, sexto sentido), Criatividade, possibilidades
Saudação: Ri Ro Ewá!
O Orixá Ewá ou Iyewá, é uma bela virgem que Xangô se apaixonou, porém não conseguiu conquistá-la, Ewá fugiu de Xangô e foi acolhida por Obaluaiye que lhe deu refúgio. Ewá mora nas matas inalcançáveis, ligada a Iroko e Oxóssi, e tornou-se uma guerreira valente e caçadora habilidosa. Ewá é casta, a Senhora das possibilidades.
Euá é representada pelo igbá àdó kalabá (cabaça com tiras de ráfia).
Oferendas: Eja isu – peixe com inhame, salada de milho/feijão/côco
As virgens contam com a proteção de Ewá e, aliás, tudo que é inexplorado conta com a sua proteção: a mata virgem, as moças virgens, rios e lagos onde não se pode nadar ou navegar. A própria Ewá, acreditam alguns, só é iniciada na cabeça de mulheres virgens, pois ela mesma seria uma virgem, a virgem da mata virgem filha dileta de Oxalá e Oduduwá
Ewá domina a vidência, atributo que o deus de todos os oráculos, Orunmilá lhe concedeu.
Em África, o rio Yewá é a morada desta deusa, mas a sua origem gera polémica. Há quem diga que, tal como Oxumaré, Nanã, Omulú e Iroko, Ewá era cultuada inicialmente entre os Mahi, foi assimilada pelos Iorubas e inserida no seu panteão. Havia um Orixá feminino oriundo das correntes do Daomé chamado Dan. A força desse Orixá estava concentrada numa cobra que engolia a própria cauda, o que denota um sentido de perpétua continuidade da vida, pois o círculo nunca termina.
Ewá teria o mesmo significado de Dan ou uma das suas metades – A outra seria Oxumaré. Existem no entanto, os que defendem que Ewá já pertencia à mitologia Nagô, sendo originária na cidade de Abeokutá. Estes, certamente, por desconhecer o panteão Jeje – No qual o Vodun Eowa, seria o correspondente da Ewá dos Nagô -Confundem Ewá com uma qualidade de Iemanjá, Oyá e Oxun. Ewá é um Orixá independente, mas é conhecida entre os jejes de Eowá e no povo de língua Yorubá por Ewá.
Características dos filhos de Ewá
Pessoas de beleza exótica, diferenciam-se das demais justamente por isso. Possuem tendência a duplicidade: Em algumas ocasiões podem ser bastante simpáticas, em outras são extremamente arrogantes; às vezes aparentam ser bem mais velhas ou parecem meninas, ingénuas e puras. Apegadas à riqueza, gostam de ostentar, de roupas bonitas e vistosas, e acompanham sempre a moda, adoram elogios e galanteios.
São pessoas altamente influenciáveis, que agem conforme o ambiente e as pessoas que as cercam, assim, podem ser contidas damas da alta sociedade quando o ambiente requisitar ou mulheres populares, falantes e alegres em lugares menos sofisticados. São vivas e atentas, mas sua atenção está canalizada para determinadas pessoas ou ocasiões, o que as leva a desligar-se do resto das coisas. Isso aponta uma certa distracção e dificuldades de concentração, especialmente em actividades escolares.
As lendas
A LENDA DOS ORIXÁS
OXALÁOxalá, estava morrendo de saudades de um de seus filhos, Xangô, que morava em terras longínquas. Antes porém de viajar, consultou Ifá, o Deus da Adivinhação, que desaconselhou a viagem. Mas ante a teimosia de Oxalá, determinou-lhe que, durante a viagem, além de levar três mudas de roupas brancas, sabão e Ori, concordasse com tudo o que as pessoas lhe pedissem sem jamais irritar-se.
Durante o caminho Oxalá encontrou-se com um Exu, o senhor do Azeite-de-dendê, que o saudou efusivamente e pediu um abraço. Oxalá cumprindo as determinações de Ifá, abraçou-o, e Exu que carregava um barril do azeite sobre as costas, ao abraçá-lo derramou todo o azeite por cima dele e foi-se rindo, satisfeito com a sua brincadeira. Oxalá lembrando-se das determinações de Ifá, resignadamente, lavou-se com o sabão, passou Ori no corpo, despachou a roupa suja e seguiu viajem. Mais adiante encontrou outro Exu, agora o dono do carvão, que também o saudou como o anterior e fez exactamente a mesma brincadeira, sujando-o de pó carvão retirando-se e rindo também. Mas uma vez, Oxalá, se limpa, e despacha a roupa suja, troca de roupa e segue a viagem, sem se aborrecer como Ifá determinara. Ao chegar ao reino de Xangô, viu um lindo cavalo branco, reconhecendo-o como um que em outras épocas havia dado de presente ao seu filho. O cavalo também, reconhecendo-o seguiu mansamente com ele. Nisso, chegam os criados de Xangô, e ao verem Oxalá, sem o reconhecerem, levando o cavalo, tomam-no por um ladrão, agridem-no e jogam-no numa masmorra. Lá ficou durante sete anos. Durante esse tempo, o reino de Xangô sofreu muitas desgraças, a colheita era ruim, o gado foi dizimado pela seca, as mulheres ficaram estéreis e as pessoas morriam de fome. Xangô, sem saber o que estava acontecendo, mandou chamar os mais afamados adivinhos, chegando a consultar o maior de todos os oráculos, Ifá! Este revelou-lhe, que o acontecido era em virtude de ter em suas masmorras um inocente. Xangô manda vasculhar todas suas prisões, até chegar a Oxalá. Levado o prisioneiro a frente do grande rei, este reconhece seu pai e imediatamente manda buscar água para lavá-lo. Todos se purificaram e vestiram-se de branco em seu respeito. Como Oxalá, mal podia andar, alquebrado pelos maus-tratos, e tempo em que ficou preso, Xangô deu-lhe Ayrá, que o carregou nas próprias costas, até o palácio de Oxaguian, seu outro filho, onde morava anteriormente.
YEMANJÁYemanjá estava perdida em seus pensamentos quando dela se aproxima seu filho Exu que lhe diz.
- Mãe por todos os caminhos que percorri pelo mundo tive todas as belezas que quis, mas nenhuma delas era tão bela como você!
- O que diz meu filho, não estou compreendendo!
- Estou lhe dizendo que és a mulher mais linda que já vi e voltei para possuí-la.
E dizendo isso atirou-se sobre Yemanjá, tentando violentá-la. Yemanjá não podia permitir que aquilo acontecesse e resistiu bravamente, lutou tanto, que pela violência da luta, seus seios foram dilacerados. Enlouquecido e arrependido Exu, " caiu no mundo", sumindo na linha do horizonte.
Diz-se que dos seios dilacerados de Yemanjá, saíram, lágrimas profundamente tristes e tantas que se tornaram toda a água salgada do mundo, de onde se originaram todos os mares e oceanos.
OGUMOgum, Oxossi e Exu eram irmãos e filhos de Yemanjá. Ogum era calmo, tranquilo, pacato e caçador, ele é que provia a casa de alimentos, pois Exu gostava de sair no mundo e Oxóssi era contemplativo e descansado. Num belo dia, Ogum voltando de uma caçada, vê sua casa cercada por guerreiros de outras terras. Vendo sua casa em chamas e seus parentes gritando por socorro, tomou-se de uma ira incontrolável e sozinho derrotou todos os agressores, não deixando um só vivo. Dai em diante, Ogum iniciou seu irmão Oxóssi na caça e disse a sua mãe.
- Mãe, preciso ir, tenho de lutar, vencer e conquistar. Mas se em qualquer momento, qualquer um de vocês estiver em perigo, pensem em mim, que voltarei de qualquer lugar para defendê-los.
Assim partiu e tornou-se o maior guerreiro do mundo, vencia a todos os exércitos sem mesmo ter um exército, tornou-se assim a verdadeira força da vitória.
OXOSSIOxóssi, conta que numa de suas inúmeras caçadas, sem que tivesse consultado antes Ifá, encontrou uma cobra no mato - Oxumarê. Ela lhe diz que não pode ser morta por ele, pois não é um bicho de penas, ele pouco se importou com o aviso, e matou-a com a lança, cortando-a em diversos pedaços e levando para casa para ele mesmo preparar um guisado, com o qual se refastelou. No dia seguinte, Oxum, sua esposa, prevendo muitas catástrofes, por causa da quebra de tantos tabus, encontra Oxóssi, deitado no chão morto e rastros de cobra que iam em direção a floresta. Oxum chorou tanto e tão alto que Ifá, condoído pela sua dor, fez Odé, o caçador, renascer sob a forma divina de Oxóssi.
XANGÔCerta vez, viu-se Xangô acompanhado de seus exércitos frente a frente com um inimigo que tinha ordens de seus superiores de não fazer prisioneiros, as ordens era aniquilar o exército de Xangô, e assim foi feito, aqueles que caiam prisioneiros eram barbaramente aniquilados, destroçados, mutilados e seus pedaços jogados ao pé da montanha onde Xangô estava. Isso provocou a ira de Xangô que num movimento rápido, bate com o seu machado na pedra provocando faíscas que mais pareciam raios. E quanto mais batia mais os raios ganhavam forças e mais inimigos com eles abatia. Tantos foram os raios que todos os inimigos foram vencidos. Pela força do seu machado, mais uma vez Xangô saíra vencedor. Aos prisioneiros, os ministros de Xangô pediam, o mesmo tratamento dado aos seus guerreiros, mutilação, atrocidades, destruição total. Com isso não concordou Xangô.
- Não! O meu ódio não pode ultrapassar os limites da justiça, eram guerreiros cumprindo ordens, e seus líderes são quem devem pagar!
E levantando novamente seu machado em direcção ao céu, gerou uma série de raios, dirigindo-os todos, contra os líderes, destruindo-os completamente e em seguida libertou a todos os prisioneiros que fascinados pela maneira de agir de Xangô, passaram a segui-lo e fazer parte de seus exércitos.
IANSÃCerta vez, Xangô foi visitar o irmão Ogum e conheceu sua mulher Iansã. Os dois se apaixonaram e Iansã largou Ogum, indo viver com Xangô. Tempos depois, com saudades, Iansã voltou para Ogum; então Xangô chamou seu exército e atacou o reino do irmão. Enquanto lutavam, Ogum mandou Iansã para o reino de Oxóssi. Quando Xangô, vencedor, foi buscá-la, ela se casara com Oxóssi. Atacou-o, e Oxóssi mandou Iansã para o reino de Omulú. E a história se repetiu, até que Iansã foi mulher de todos os Orixás. Mas no final acabou voltando a viver com Xangô, e de sua união nasceram os gémeos Ibeji. Iansã e Xangô sempre foram muito companheiros, mas Xangô, como rei, queria sempre ser o mais poderoso de todos. Iansã não se conformava com isso, pois ela é muito independente e não admite ser mandada por ninguém. Certa vez, disseram a Xangô que, num reino vizinho, havia um sacerdote que conhecia uma poção que, quando ingerida, dava o poder de lançar fogo pela boca. Como estava envolvido numa luta, Xangô mandou Iansã buscar a poção para ele. Ao voltar, ela começou a pensar que não era justo que só Xangô tivesse esse poder; então, tomou um pouquinho da poção, para que o marido não percebesse. Assim, ela ficou com o poder mágico mas, como tomou pouca poção, é dona apenas dos ventos e dos raios fracos. Depois que casou com Oxum, que era muito dengosa, Xangô passou a negligenciar Iansã, que ficou muito enciumada. Um dia, quando Oxum foi tomar banho no rio, Iansã resolveu se vingar e fez surgir uma cortina de fogo no caminho; mas Oxum fez o rio transbordar e o fogo se apagou. Iansã ficou ainda mais irritada e atacou Oxum com a espada. Como Oxum só levava um espelho, usou-o para fazer com que o reflexo do sol cegasse a rival. Só assim Iansã parou e as duas puderam conversar. Iansã viveu por muito tempo com Xangô e foi sua melhor companheira de aventuras. Apesar de sua inconstância, ela gostava muito dele. Por isso, quando Xangô morreu, ela ficou tão desesperada que não quis mais viver. Pediu aos Orixás que aceitassem sua ida para o mundo dos mortos em companhia do marido e então se matou. Por ter ido pela própria vontade, Iansã se tornou amiga dos Eguns. É por isso que Iansã é o único Orixá que tem
coragem de participar do culto dos mortos, dominando-os com seu chicote.
NANÃ BURUKUOgum precisava atravessar um campo que fazia limites com as terras de Nanã. O terreno era pantanoso e traiçoeiro, mas para Ogum não tinha tempo ruim e ele decidiu-se a ir por ali mesmo. Quando iniciava a jornada, escutou a voz de Nanã que determinava:
- Estas terras tem dono rapaz, peça licença para passar!
Ogum não se curvaria a ninguém e respondeu:
- Ogum não pede nada a ninguém. Ogum toma e não será uma velha que irá me deter!
Nanã ainda determina, mais uma vez, Ogum peça licença, e Ogum não a atende embrenhando-se pântano a dentro. Nanã então, ordena ao pântano que tragasse e matasse Ogum que é obrigado a usar de toda a sua força para livrar-se e salvar a própria vida.
Ogum teve de recuar, mas bradou!
- Tu és poderosa, vou procurar outro caminho, mas antes vou encher seu pântano de ponta de metal duro e afiado que cortará sua carne se tentar passar por ele também.
Nanã respondeu:
- Tu és forte e valoroso, mas precisas aprender a respeitar a terra dos outros. Por minhas terras não passarás, garanto!
E a partir desse dia, Nanã aboliu em suas terras o uso de metais.
OBALUAIÊ (OMULUM)Houve uma festa e todos os Orixás estavam presentes. Menos Omolu que ficara do lado de fora. Ogum pergunta por que o irmão não vem e Nanã responde que é por vergonha de suas feridas causadas pelas doenças. Ogum resolve ajudá-lo e o leva até a floresta onde tece para ele uma roupa de palha que lhe cobre o corpo todo. O filá!. Mas a ajuda não dá muito certo, pois muitos viram o que Ogum fizera, e continuavam a ter nojo de dançar com o jovem Orixá, menos Iansã, altiva e corajosa, dança com ele e com eles o vento de Iansã que levanta a palha e para espanto de todos, revela um homem lindo, sem defeito algum.
Todos os Orixás presentes, ficam estupefactos com aquela beleza, principalmente Oxum, que se enche de inveja, mas agora é tarde, Omolu, não quer mais dançar com ninguém.
Em recompensa pelo gesto de Iansã, Omolu dá a ela o poder de também reinar sobre os mortos. Mas daquele dia em diante, Omolu declara que dança sozinho doravante!
OXUMARÉOxumaré era o Babalawó da corte de um rei que, embora fosse rico e poderoso, não pagava bem seu sacerdote, que vivia na pobreza. Certo dia, Oxumaré perguntou a Ifá o que fazer para ter mais dinheiro; Ifá disse que, se ele lhe fizesse uma oferenda, ele o tornaria muito rico. Oxumaré preparou tudo como devia mas, no meio do ritual, foi chamado ao palácio. Não podendo interromper o ritual, ele não foi; então, o rei suspendeu seu pagamento. Quando Oxumaré pensava que ia morrer de fome, a rainha do reino vizinho chamou-o para tratar seu filho doente e, como Oxumaré o salvou, a rainha pagou-o muito bem. Com medo de perder o adivinho, o rei lhe deu ainda mais riquezas, e assim se cumpriu a promessa de Ifá. Houve um tempo em que Oxumaré viveu no meio dos mortais. Ele era um grande Babalawó, curandeiro e vidente. Seus dons eram tão grandes, que ele adivinhava tudo que iria acontecer e orientava as pessoas para mudarem os fatos segundo seu gosto. Isso começou a interferir nos destinos das pessoas e a prejudicar os projectos dos orixás. Por isso, os orixás decidiram afastá-lo da humanidade. Falaram com Olorum, que transformou Oxumaré num arco-íris, que deveria ficar para sempre no céu. Mas Oxumaré tanto pediu, que conseguiu autorização para voltar a ter contacto com os humanos de 3 em 3 anos.
OXUMOxum queria saber o segredo do jogo de búzios que pertencia a Exu e este não queria lhe revelar. Ela então procura na floresta as feiticeiras, chamadas YAMI OXORONGÁ. As feiticeiras perguntam a Oxum o que faz ali, e ela lhes pede como enganar Exu para conseguir o segredo do jogo de búzios. As feiticeiras à muito, querendo pregar uma peça a Exu, ensinaram toda a sorte de magias a Oxum, mas exigiram que ela lhes fizesse uma oferenda a cada feitiço realizado. Oxum concordou e foi procurar Exu.
Ao chegar perto do reino de Exu, este desconfiado perguntou-lhe o que queria por ali, que ela deveria ir embora, e que ele não ensinaria nada. Ela então, o desafia a descobrir o que tem entre os dedos. Exu se abaixa para ver melhor e ela sopra sobre seus olhos um pó mágico que ao cair nos olhos de Exu o cega e arde muito. Exu gritava de dor e dizia;
- Eu não enxergo nada, cadê meus búzios?
Oxum fingindo preocupação, respondia:
- Búzios? Quantos são eles?
- Dezesseis, respondeu Exu, esfregando os olhos
- Ah! Achei um, é grande!
- É Okanran, me dê ele.
- Achei outro, é menorzinho!
- É Eta-Ogundá, passa para cá...
E assim foi até que ela soube todos os segredos do jogo de búzios, Ifá o Orixá da adivinhação, pela coragem e inteligência da Oxum, resolveu-lhe dar também o poder do jogo, e dividi-lo com Exu.
IBEJIExistia num reino dois pequenos príncipes gémeos que traziam sorte a todos. Os problemas mais difíceis eram resolvidos por eles; em troca, pediam doces balas e brinquedos. Esses meninos faziam muitas traquinices e, um dia, brincando próximos a uma cachoeira, um deles caiu no rio e morreu afogado. Todos do reino ficaram muito tristes pela morte do príncipe. O gémeo que sobreviveu não tinha mais vontade de comer e vivia chorando de saudades do seu irmão, pedia sempre a orumilá que o levasse para perto do irmão. Sensibilizado pelo pedido, orumilá resolveu levá-lo para se encontrar com o irmão no céu, deixando na terra duas imagens de barro. Desde então, todos que precisam de ajuda deixam oferendas aos pés dessas imagens para ter seus pedidos atendidos.
EXUExu uma vez, chateado por não ter recebido sua oferta semanal na segunda-feira que é o seu dia, resolveu vingar-se. Vestiu um chapéu pontudo com um lado vermelho e outro branco. Passou pelas pessoas que, deveriam ter-lhe dado a oferenda, dois grandes e bons amigos, e amigavelmente cumprimentou-os.
- Boa noite, como vão, amigos?
- Vamos bem, gentil cavalheiro, boa noite para o senhor também?
E com um ligeiro abano de mãos se afastou. Um dos amigos falou para o outro.
-Quem será este cavalheiro tão educado com o chapéu vermelho que passou por nós?
Respondeu o amigo:
-Realmente é muito educado, mas o seu chapéu era branco!
-Que branco nada, era vermelho, está me chamando de cego?
-Qual nada, era branco, você é que está me chamando de mentiroso!
E imediatamente após dizer isso, partiu para agressão ao amigo que se defendeu usando uma faca, na qual foi rechaçado pelo oponente que também possuía uma outra arma de corte, resultando em feridas feias e morte aos dois. Exu que de perto assistia a tudo sorria e partiu. Estava vingado.
Exu
O primeiro dos Orixás tem a segunda feira como seu dia de celebração e, apesar de ser visto por muitos de fora do candomblé como uma entidade maléfica, ele na verdade é um mensageiro do Orixás, executando o que lhe é comandado, independente das consequências.
Obaluaiê Outro Orixá celebrado durante as segundas-feiras com a saudação “Atotô!”, ele é a divindade da medicina, possui sincretismo às figuras de São Roque e São Lázaro e está sempre olhando pelos doentes.
Leia também: Banho de Obaluaiê para curar as enfermidades do corpo e alma
Ogum Destinado à terça feira, esse é o orixá guerreiro representado por São Jorge em sincretismo com a Igreja Católica. Com a saudação “Ogunhê!” junto ao ato de curvar-se, ele simboliza a luta pela vida e a força física e espiritual.
Leia também: Oração poderosa à Ogum guerreiro para abrir caminhos
Oxumarê Representado por São Bartolomeu no catolicismo, Oxumarê é o Orixá da riqueza e fortuna, sendo também conhecido como o ciclo da vida. Celebrado durante as terças-feiras, a saudação de sua chegada é “Arroboboi!”.
Iroko Iroko é uma entidade pouco presente e tem sua manifestação restrita, sendo ela muito ligada a outro Orixá, Xangô. Representa o tempo e é ligado no catolicismo a São Pedro Nolasco, sendo celebrado na terça-feira sob a saudação “Iroko y Só! Eeró!”.
Iansã Representa a força natural feminina dos ventos e das tempestades, comemorando seu dia às quartas-feiras. Seu sincretismo na igreja católica é a figura de Santa Bárbara e tem como saudação o grito de guerra “Epahey Oyá”.
Leia também: Oração de Iansã para o dia 4 de dezembro
Xangô Esse orixá é uma figura muito popular mesmo entre os leigos do candomblé, representado na igreja católica pelo santo São Jerônimo, sob a personificação da justiça. Comemorado na quarta-feira, sua celebração tem um como grito de saudação “Kao Kabiesilê!”.
Leia também: Banho de Xangô para superar dificuldades e pedir soluções
Obá Essa é a representação de outra forma do poder dos ventos, através da senhora dos redemoinhos, sendo sua santa católica a famosa Joana d’Arc. Também celebrada em uma quarta-feira, a saudação de Obá é “Xiré Yá!”.
Oxóssi Representado por São Sebastião na Igreja Católica, tem seu dia na quinta-feira e sua saudação é “Okê aro!”. Oxóssi é o grande senhor das matas, protetor dos animais e seres que lá habitam, atuando também como o Orixá da caça.
Logun Edé Filho de Oxum e Oxóssi, este é o famoso Orixá caçador e, justamente por isso, seu representante na igreja católica é o poderoso Santo Expedito. Sua saudação é dita “Olorikim!” e tem sua comemoração feita na quinta-feira.
Ossaim Representado por São Benedito na igreja católica, ele divide a quinta-feira com as celebrações de Oxóssi e Logun Edé, sendo muito respeitado como o Orixá das plantas e saudado com “Ewê ô!”.
Oxalá O maior e mais conhecido de todos os orixás, tem seu nome usado em diversas expressões populares. Sua saudação é o “Êpa Babá!” e representa sua fama na igreja católica através do Senhor do Bonfim. Devido a sua grande importância, Oxalá tem o dia de sexta-feira reservado somente para si.
Oxum Outro grande e conhecido Orixá, Oxum é o representante do amor, da maternidade e da fertilidade. Essa característica materna faz com que a divindade seja representada pela grande mão da igreja católica, Nossa Senhora Aparecida. Seu dia é o sábado e é saudada com o dizer “Ora yê yê ô!”.
Leia também: Oração Poderosa para Oxum: a orixá da abundância e fertilidade
Iemanjá A figura popular da grande deusa e senhora dos mares, Iemanjá é a mãe de todos e o espelho do mundo. Seu dia é celebrado aos sábados, junto a Oxum e através da Nossa Senhora da Conceição (ou também pela Virgem Maria, variando de acordo com a região de celebração). Sua saudação é “Odô iyá!”.
Leia também: Orações de Iemanjá para proteção e para abrir caminhos
Nanã Um dos mais antigos Orixás e representada por Sant’Ana, Nanã é a deusa associada aos idosos, à maternidade e aos castigos como forma de educar, tendo seu dia celebrado às terças-feiras. Sua saudação se pronuncia “Salubá!”
Ibeji (Erês) Aos domingos também pode ser celebrado o dia de Ibeji que, na verdade, são orixás crianças representados por São Cosme e São Damião. Dizem que são amigos de todas as crianças e, normalmente suas celebrações estão acossadas a presença de muitos doces brinquedos. São saudados por “Omi beijada! Beijiróó!”.
O primeiro dos Orixás tem a segunda feira como seu dia de celebração e, apesar de ser visto por muitos de fora do candomblé como uma entidade maléfica, ele na verdade é um mensageiro do Orixás, executando o que lhe é comandado, independente das consequências.
Obaluaiê Outro Orixá celebrado durante as segundas-feiras com a saudação “Atotô!”, ele é a divindade da medicina, possui sincretismo às figuras de São Roque e São Lázaro e está sempre olhando pelos doentes.
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Ogum Destinado à terça feira, esse é o orixá guerreiro representado por São Jorge em sincretismo com a Igreja Católica. Com a saudação “Ogunhê!” junto ao ato de curvar-se, ele simboliza a luta pela vida e a força física e espiritual.
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Oxumarê Representado por São Bartolomeu no catolicismo, Oxumarê é o Orixá da riqueza e fortuna, sendo também conhecido como o ciclo da vida. Celebrado durante as terças-feiras, a saudação de sua chegada é “Arroboboi!”.
Iroko Iroko é uma entidade pouco presente e tem sua manifestação restrita, sendo ela muito ligada a outro Orixá, Xangô. Representa o tempo e é ligado no catolicismo a São Pedro Nolasco, sendo celebrado na terça-feira sob a saudação “Iroko y Só! Eeró!”.
Iansã Representa a força natural feminina dos ventos e das tempestades, comemorando seu dia às quartas-feiras. Seu sincretismo na igreja católica é a figura de Santa Bárbara e tem como saudação o grito de guerra “Epahey Oyá”.
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Xangô Esse orixá é uma figura muito popular mesmo entre os leigos do candomblé, representado na igreja católica pelo santo São Jerônimo, sob a personificação da justiça. Comemorado na quarta-feira, sua celebração tem um como grito de saudação “Kao Kabiesilê!”.
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Obá Essa é a representação de outra forma do poder dos ventos, através da senhora dos redemoinhos, sendo sua santa católica a famosa Joana d’Arc. Também celebrada em uma quarta-feira, a saudação de Obá é “Xiré Yá!”.
Oxóssi Representado por São Sebastião na Igreja Católica, tem seu dia na quinta-feira e sua saudação é “Okê aro!”. Oxóssi é o grande senhor das matas, protetor dos animais e seres que lá habitam, atuando também como o Orixá da caça.
Logun Edé Filho de Oxum e Oxóssi, este é o famoso Orixá caçador e, justamente por isso, seu representante na igreja católica é o poderoso Santo Expedito. Sua saudação é dita “Olorikim!” e tem sua comemoração feita na quinta-feira.
Ossaim Representado por São Benedito na igreja católica, ele divide a quinta-feira com as celebrações de Oxóssi e Logun Edé, sendo muito respeitado como o Orixá das plantas e saudado com “Ewê ô!”.
Oxalá O maior e mais conhecido de todos os orixás, tem seu nome usado em diversas expressões populares. Sua saudação é o “Êpa Babá!” e representa sua fama na igreja católica através do Senhor do Bonfim. Devido a sua grande importância, Oxalá tem o dia de sexta-feira reservado somente para si.
Oxum Outro grande e conhecido Orixá, Oxum é o representante do amor, da maternidade e da fertilidade. Essa característica materna faz com que a divindade seja representada pela grande mão da igreja católica, Nossa Senhora Aparecida. Seu dia é o sábado e é saudada com o dizer “Ora yê yê ô!”.
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Iemanjá A figura popular da grande deusa e senhora dos mares, Iemanjá é a mãe de todos e o espelho do mundo. Seu dia é celebrado aos sábados, junto a Oxum e através da Nossa Senhora da Conceição (ou também pela Virgem Maria, variando de acordo com a região de celebração). Sua saudação é “Odô iyá!”.
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Nanã Um dos mais antigos Orixás e representada por Sant’Ana, Nanã é a deusa associada aos idosos, à maternidade e aos castigos como forma de educar, tendo seu dia celebrado às terças-feiras. Sua saudação se pronuncia “Salubá!”
Ibeji (Erês) Aos domingos também pode ser celebrado o dia de Ibeji que, na verdade, são orixás crianças representados por São Cosme e São Damião. Dizem que são amigos de todas as crianças e, normalmente suas celebrações estão acossadas a presença de muitos doces brinquedos. São saudados por “Omi beijada! Beijiróó!”.
OGUM WARI
CONHECENDO OGUM WARI
OGUM WARI
O Senhor dos metais amarelos
É perigoso e feiticeiro, come
com Oxum e Iemanjá. Tem temperamento muito difícil e autoritário. Veste
azul-marinho e dourado. É o dono dos metais dourados, ligado a Oxum,
isso o faz ser o mais requintado dentre todos os Oguns.
É uma qualidade de Ogum que
precede a idade do ferro. Sendo assim suas ferramentas são feitas em
latão (dourado). Tem caminho com Oyá (Vive no Igbalé e é muito ligado a
feitiçaria.). Tem forte ligação com os Antepassados (Egungun). Lutou
pelo reino de Irê, saindo vitorioso. Sua cor é o verde e em algumas
casas o Azul com o Dourado.
SIMBOLOGIA
Ogum Wari é representado pela Idá ide (espada de bronze).
DIA:Terça-feira.
OFERENDA: Èwà Sun Oyin - feijão fradinho torrado com mel de abelha.
CORES: Azul-marinho que simboliza lealdade, respeito e atrai vitalidade, e amarelo ouro.
CARACTERÍSTICAS DE OGUM WARI:
É impulsivo e conquistador. Foi às margens de um rio na cidade de Èfòn,
na Nigéria, que Ògún Wari presenteou Oxum Òpàrà com a Idá òdòdó (espada
amarela). Evocação: "Sijibó mi olú irìn òdòdó!" (Protega-me, Senhor dos
metais amarelos!).
ÒGÚN ONÍRÉ
O Temido Guerreiro te deixará talentoso e ousado. Ajudará nas conquistas e resolução de pendências. Controle sua impulsividade e evite polêmicas.
Simbologia:
Ògún Oníré é representado pelo àkòró (capacete sagrado). Dia: terça-feira, bom para esportes.
Oferenda:
Iyefún èwà epo: farofa de feijão fradinho no dendê.
Cores:
Verde, que simboliza força e confiança e atrai popularidade.
Características do Orixá:
Ògún Oníré é temível e audaz. Tornou-se Rei de Ìré (cidade da antiga região de Ìjèsá na Nigéria) dominando os sete vilarejos que cercavam Ìré. Usa a adá tóbí (grande espada) e o àpáta ogun (escudo de guerra). Evocação: “Ògún Alákàyé Osìnmolè” (Senhor, guia dos Orixás).
Protegido por Ògún Oníré:
O Lutador de muay thai “Minotauro” é temível e audaz como Ògún Oníré. Inovador, Minotauro criou um estilo próprio de luta, baseado no jiu jitsu e boxe. “Para manter a liderança, use as ataduras de mãos na cor verde”.
Exemplo de vitória:
Nascida em Cambuí, Estado do Rio de Janeiro, Dulce Bastos foi levada ao Candomblé seu pai biológico Manoel Bastos. Aos 13 anos foi apontada como Makota (equivale a Ekedi) e aos 16 anos foi então confirmada pelo Tata Hia Nkise Lembaragi ou Laércio de Lemba (Bahia). 40 anos se passaram e Makota Dulce de Nkose continua com toda força, fé e devoção nos Nkise e diz estar feliz em professar uma religião tão bonita como é o candomblé. Aueto Makota Dulce!
Axés & Magias:
Para proteção contra assaltos, coloque na quarta-feira dia de Sto. Antônio, dentro de um saquinho na cor verde 1 imã, 1 espada de aço em miniatura lavada com folhas de mangueira e 3 moedas correntes. Feche o saquinho e coloque-o na bolsa ou carteira.
Magia de Ògún Oníré para amarrar seu amor:
Forre um prato de papelão com folhas novas de mangueira e escreva o nome da pessoa a lápis colocando por cima das folhas. Cozinhe um inhame kará, amasse-o, modele um coração e coloque-o por cima do nome. Faça uma mistura de wájì (pó encontrado nas casas de artigos religiosos) com aridan em pó e açúcar mascavo e coloque por cima de tudo. Arrie esta magia numa estrada de subida pedindo com fé a Ògún Oníré.
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